Deleuze faria hoje 88 anos. Idade redonda, dupla dobra, símbolo do infinito ainda para mais! Ok, ele detestava as metáforas, mas, convenhamos, é uma idade bonita. Ainda me lembro de que tinha acabado de o ler pela primeira vez (comecei pelo... Deleuze-comentador de Kant, o que, aliás, marcou imenso a minha relação com o próprio Deleuze, porque ainda hoje estou absolutamente fascinada e convertida ao programa do empirismo transcendental), no início do 2º ano da faculdade quando soube da morte dele. Esse momento ficou tatuado em mim como um acontecimento vital.
Hoje vou celebrar Deleuze!, esse grande filósofo do século XXI, como previu Foucault. Hoje tenho marcado um encontro feliz em «modo Espinosa» com esta máquina-desejante que marcou de forma decisiva o pensamento contemporâneo! Hoje é dia de festa! (mas em vez de moelas e outras iguarias que ele apreciava, vou estrear-me a fazer um couscous com as especiarias que trouxe de Marrocos, numa espécie de devir-deserto colectivo com amigos. Caramba! Hoje sinto que é mesmo um dia especial!
http://www.youtube.com/watch?v=YwLdqi8AOBU