Estávamos todos juntos, a jantar cá fora, no páteo da nossa
casa, a noite estava magnífica e quente, e de repente paf! Tudo se apagou.
Pensámos todos que tinha sido um apagão geral de electricidade em toda a
aldeia, mas foi até a filha pequena do Jorge que perguntou: onde estão as
estrelas, pai?
Foi a coisa mais estranha que aconteceu até hoje. O mundo
ele mesmo tinha-se apagado! (momento de um zoom out do planeta terra para toda
a galáxia onde se vê que a terra se apagou realmente). O mundo inteiro, o
planeta ele mesmo, tinha acabado!! Mas nós continuávamos a existir! Não era de
todo o apocalipse prometido! Nada disso. Era muito mais forte, muito mais calmo
também. O mundo estava cansado. O mundo estava a dizer basta, vamos recomeçar
tudo de novo, ok? Ninguém falou e no entanto tenho a certeza que todos pensámos
o mesmo, porque eu fui invadida por uma vibração gigantesca de amor e de calma.
Parar. Respirar. Apagar. Recomeçar. Reinventar. Sim: reinventar!! Recomeçar
bem, recomeçar o mundo todo segundo a utopia! Era agora a grande e única
hipótese. Afinal a utopia tinha lugar!!! Que excitação!
Acabar com a politica?? Não, claro que não! Mas refazê-la,
definir melhor os seus moldes. Repensar a vida! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh que alivio…
Mas logo a dúvida se instalou: e será que todos vamos chegar
a um consenso?
Não faço a mínima ideia. Neste momento só sei que quero
acreditar e agir toda impregnada dessa crença tao forte e tao linda de que o
mundo está efectivamente nas nossas mãos, passível de ser recomeçado do zero!!
Aliás, onde está a minha tablete de chocolate?
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