Criei o blog, anunciei-o aos amigos, mas... e então? E depois? depois foi o nada, o vazio, o nicles, o népias, o nadinha, nadinha. Deparei-me com a ausência de coisas para escrever num blog, habituada que estou a escrever ou só para mim ou então, de modo mais ou menos privado, para os amigos. O facto de um blog poder ser visto indiscriminadamente por qualquer viajante cibernético assusta-me tanto quanto me excita (acho que ganha o lado do susto, porque detesto a ideia de ser observada sem o saber. O voyeurismo é sempre um acto deliberado, assumido e desejado por mim enquanto acontece na minha vida).
Enfim, seja como for, eu não estou aqui para falar de mim, mas do mundo, das coisas, da ordem das coisas e sobretudo da sua desordem fundamental!! Estou aqui para fazer propaganda, não política, mas filosófica, até porque cada vez a filosofia é mais urgente e necessária para parar e repensar o mundo. Não prometo nada com esta minha propaganda, muito menos televisões ou bicicletas - sim, se o fizesse seria à grande, porque campanhas em que oferecem bonés e canetas são mesmo um descaramento!! - mas puros momentos de prazer ou momentos de puro prazer, puro no sentido de desligado de todas e quaisquer intenções, intencionalidades, condicionamentos, segundas intenções e outros muitos «ões» que nos sobrevoam. Ainda nem sequer pensei no futuro deste blog (para ser sincera, nem sequer pensei no seu passado ou presente). Ele nasceu por impulso, como quase tudo na minha vida: puro instinto, processo de um devir-animal que me percorre nas veias e que me faz agir como acto de uma acção pura, sem causa nem efeito, seguindo uma outra lógica que não a convencional.
Perdoem-me todos os disparates que posso ter dito hoje, mas as segundas vezes são, se não frustrantes, pelo menos ambíguas. E esta foi a minha segunda vez que escrevo neste habitat estranho que criei em três minutos como anunciava o site dos blogs. Até à próxima.
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