Desculpa ter-te cruzado por acidente. Desculpa essa coincidência de te ter olhado e de me teres olhado também. Desculpa aquele momento em que os nossos olhares irresistivelmente se olharam e se fixaram e nos fizeram sentir renascer. Desculpa ter-te falado, desculpa ter-te desculpado o facto de teres sido tu a encontrar-me por acidente também. Foi sem querer, e tu sabes disso tão bem quanto eu. Desculpa teres gostado da minha voz, do meu corpo, do meu rosto, das minhas palavras, dos meus cabelos, enfim, desculpa ser quem sou, está bem?
Desculpa a nossa conversa ter fuído tão naturalmente. Desculpa não ter resistido a me deixar ir, a deixar-me perder no teu rosto e nas tuas palavras e amar-te. Desculpa ter-te dito o que penso. Desculpa ter sido autêntica, pura, intensa. Desculpa ter-te mostrado quem sou. E desculpa por ser quem sou, está bem?
Desculpa por te responder, desculpa por te querer, assim, desta maneira tão verdadeira. Desculpa amar-te como mais ninguém te amou. Desculpa conhecer-te tão bem, desculpa ser a única a saber quem tu és na tua essência mais profunda, na tua grandeza maior. Desculpa simplesmente amar-te. Desculpa compreender-te e sentir-te tão bem. Desculpa partilhar a mesma visão da vida e das coisas fundamentais dela. Desculpa sermos tão parecidos. Desculpa sermos almas gémeas atravessados por uma sincronia avassaladora. Desculpa amar-te (assim perdidamente), está bem?
Desculpa estarmos assim, presos ao próprio facto de nos termos cruzado por mero acidente. Desculpa a vida ter-nos cruzado assim, como que de propósito, para nos juntar eternamente, aconteça o que acontecer. Desculpa toda a nossa cumplicidade, tão linda, tão natural e tão importante. Desculpa eu pensar em ti a cada segundo. Desculpa não me saíres da cabeça. Desculpa não te sair da cabeça também. Desculpa por tu também me amares e desejares. Desculpa por te sentires tão amado, tão compreendido e tão exaltado pelas coisas belas, fortes, essenciais, enfim, vitais da vida.
Desculpa por só vivermos uma vez. Desculpa por a vida ser assim. Desculpa por o amor ser assim, não bater à porta, invadir-nos o lar e insistir em ficar como um hóspede ingrato que não foi convidado e que não quer mais sair. Desculpa existir o amor. Desculpa existirem coisas tão lindas na vida que só eu e tu partilhamos. Desculpa ter escolhido ir para filosofia e adorar literatura ao mesmo tempo. Desculpa pensar como penso. Desculpa todos os pequenos pormenores que nos constituem e que tanto apreciamos. Desculpa as nossas notas, as nossas coincidências, o nosso humor tão parecido. Desculpa a nossa troca de ideias, o nosso descobrir a 1000km/h coisas novas juntos. Desculpa pensarmos tão bem juntos. Desculpa sermos feitos um para o outro, está bem?
Desculpa não te ter conhecido um pouco mais cedo. Ou desculpa não te ter conhecido um pouco mais tarde. Ou simplesmente desculpa por nos termos conhecido por acidente.
Desculpa gostar de cada ínfima parte tua, por desejar cada milímetro do teu corpo e da tua mente. Desculpa até nisso sermos iguais: faustianos em corpo e em mente. Desculpa por te ter levado às nuvens. Desculpa por te ter feito sentir que podes ser amado por tudo aquilo que és. Desculpa amar-te. Desculpa seres quem és. Desculpa seres assim, irresistivelmente amado por alguém como eu. Desculpa conhecer-te tão bem. Desculpa ter-me interessado por ti como mais ninguém se interessou. Desculpa pedir-te para te abrires a mim, para me falares do que mais gostas, por te querer ouvir, simplesmente ouvir. Desculpa interessar-me tanto pelas tuas ideias. Desculpa olhar-te, assim, com tanto carinho. Desculpa entender-te tão bem. Desculpa ser a única a conseguir ler-te, não por te entender, mas por sentir exactamente o mesmo que tu sentes a todos os níveis. Desculpa sentir o mesmo pulsar da vida e o mesmo desejo pela vida. Desculpa completar-te, preencher-te, esgotar-te, corpo e mente. Desculpa fazer-te todo o sentido.
Desculpa ter-te feito aceitares-te. Desculpa ter-te mostrado a bela e boa pessoa que és. Desculpa ter-te dado confiança em arriscares lutar um dia por ti mesmo, para além, claro, de tudo o que já és e que conseguiste ser. Desculpa fazer-te sonhar mais alto. Desculpa fazer-te acreditar que afinal há um mundo espectacular que te pertence e que tu no fundo sabes que ele existe e que te pertence e que desejas de uma forma intensa. Desculpa ter-te mostrado uma felicidade que tu sempre desejaste, que está para lá da que tens agora e que tanto amas também. Desculpa tornar-te um herói. E desculpa ser a tua fraqueza, o teu calcanhar de Ulisses. Desculpa não sair da tua cabeça. Desculpa por me amares também.
E desculpa por te mostrar que afinal o nosso amor nem é impossível. Desculpa insistir que amar é amar sem limites e que portanto podemos manter o que temos sem romper com o que já temos. Desculpa não aceitar a ideologia cristã que tu também não aceitas. A ideologia que nos incute o pecado e a culpa por desejarmos sempre mais. A ideologia que nos obriga a matar partes de nós, geralmente as mais intensas e verdadeiras, precisamente porque puras, porque naturalmente desejantes. Desculpa pensar que poderíamos manter o que temos sem negar o que somos. Desculpa propor-te ficarmos como estamos, mais calmamente, precisamente por nos aceitarmos. Desculpa aceitarmo-nos como somos: almas gémeas!! desejantes!! sempre!!
Desculpa por tudo, mas mesmo tudo, simplesmente tudo fazer sentido entre nós. Desculpa apreciarmos os mesmos pequenos e os grandes detalhes: músicas, piadas, livros, rituais, sábados, bibliotecas, cidades, cheiros, flores, café, chocolate e outros sabores, e tantos outros prazeres, e ao mesmo tempo os mesmos ideais, a mesma visão da vida, o mesmo impulso vital. Desculpa por existir algo como o amor, como este nosso amor, tão sincero, tão especial, tão nosso. Desculpa.
Desculpa a nossa conversa ter fuído tão naturalmente. Desculpa não ter resistido a me deixar ir, a deixar-me perder no teu rosto e nas tuas palavras e amar-te. Desculpa ter-te dito o que penso. Desculpa ter sido autêntica, pura, intensa. Desculpa ter-te mostrado quem sou. E desculpa por ser quem sou, está bem?
Desculpa por te responder, desculpa por te querer, assim, desta maneira tão verdadeira. Desculpa amar-te como mais ninguém te amou. Desculpa conhecer-te tão bem, desculpa ser a única a saber quem tu és na tua essência mais profunda, na tua grandeza maior. Desculpa simplesmente amar-te. Desculpa compreender-te e sentir-te tão bem. Desculpa partilhar a mesma visão da vida e das coisas fundamentais dela. Desculpa sermos tão parecidos. Desculpa sermos almas gémeas atravessados por uma sincronia avassaladora. Desculpa amar-te (assim perdidamente), está bem?
Desculpa estarmos assim, presos ao próprio facto de nos termos cruzado por mero acidente. Desculpa a vida ter-nos cruzado assim, como que de propósito, para nos juntar eternamente, aconteça o que acontecer. Desculpa toda a nossa cumplicidade, tão linda, tão natural e tão importante. Desculpa eu pensar em ti a cada segundo. Desculpa não me saíres da cabeça. Desculpa não te sair da cabeça também. Desculpa por tu também me amares e desejares. Desculpa por te sentires tão amado, tão compreendido e tão exaltado pelas coisas belas, fortes, essenciais, enfim, vitais da vida.
Desculpa por só vivermos uma vez. Desculpa por a vida ser assim. Desculpa por o amor ser assim, não bater à porta, invadir-nos o lar e insistir em ficar como um hóspede ingrato que não foi convidado e que não quer mais sair. Desculpa existir o amor. Desculpa existirem coisas tão lindas na vida que só eu e tu partilhamos. Desculpa ter escolhido ir para filosofia e adorar literatura ao mesmo tempo. Desculpa pensar como penso. Desculpa todos os pequenos pormenores que nos constituem e que tanto apreciamos. Desculpa as nossas notas, as nossas coincidências, o nosso humor tão parecido. Desculpa a nossa troca de ideias, o nosso descobrir a 1000km/h coisas novas juntos. Desculpa pensarmos tão bem juntos. Desculpa sermos feitos um para o outro, está bem?
Desculpa não te ter conhecido um pouco mais cedo. Ou desculpa não te ter conhecido um pouco mais tarde. Ou simplesmente desculpa por nos termos conhecido por acidente.
Desculpa gostar de cada ínfima parte tua, por desejar cada milímetro do teu corpo e da tua mente. Desculpa até nisso sermos iguais: faustianos em corpo e em mente. Desculpa por te ter levado às nuvens. Desculpa por te ter feito sentir que podes ser amado por tudo aquilo que és. Desculpa amar-te. Desculpa seres quem és. Desculpa seres assim, irresistivelmente amado por alguém como eu. Desculpa conhecer-te tão bem. Desculpa ter-me interessado por ti como mais ninguém se interessou. Desculpa pedir-te para te abrires a mim, para me falares do que mais gostas, por te querer ouvir, simplesmente ouvir. Desculpa interessar-me tanto pelas tuas ideias. Desculpa olhar-te, assim, com tanto carinho. Desculpa entender-te tão bem. Desculpa ser a única a conseguir ler-te, não por te entender, mas por sentir exactamente o mesmo que tu sentes a todos os níveis. Desculpa sentir o mesmo pulsar da vida e o mesmo desejo pela vida. Desculpa completar-te, preencher-te, esgotar-te, corpo e mente. Desculpa fazer-te todo o sentido.
Desculpa ter-te feito aceitares-te. Desculpa ter-te mostrado a bela e boa pessoa que és. Desculpa ter-te dado confiança em arriscares lutar um dia por ti mesmo, para além, claro, de tudo o que já és e que conseguiste ser. Desculpa fazer-te sonhar mais alto. Desculpa fazer-te acreditar que afinal há um mundo espectacular que te pertence e que tu no fundo sabes que ele existe e que te pertence e que desejas de uma forma intensa. Desculpa ter-te mostrado uma felicidade que tu sempre desejaste, que está para lá da que tens agora e que tanto amas também. Desculpa tornar-te um herói. E desculpa ser a tua fraqueza, o teu calcanhar de Ulisses. Desculpa não sair da tua cabeça. Desculpa por me amares também.
E desculpa por te mostrar que afinal o nosso amor nem é impossível. Desculpa insistir que amar é amar sem limites e que portanto podemos manter o que temos sem romper com o que já temos. Desculpa não aceitar a ideologia cristã que tu também não aceitas. A ideologia que nos incute o pecado e a culpa por desejarmos sempre mais. A ideologia que nos obriga a matar partes de nós, geralmente as mais intensas e verdadeiras, precisamente porque puras, porque naturalmente desejantes. Desculpa pensar que poderíamos manter o que temos sem negar o que somos. Desculpa propor-te ficarmos como estamos, mais calmamente, precisamente por nos aceitarmos. Desculpa aceitarmo-nos como somos: almas gémeas!! desejantes!! sempre!!
Desculpa por tudo, mas mesmo tudo, simplesmente tudo fazer sentido entre nós. Desculpa apreciarmos os mesmos pequenos e os grandes detalhes: músicas, piadas, livros, rituais, sábados, bibliotecas, cidades, cheiros, flores, café, chocolate e outros sabores, e tantos outros prazeres, e ao mesmo tempo os mesmos ideais, a mesma visão da vida, o mesmo impulso vital. Desculpa por existir algo como o amor, como este nosso amor, tão sincero, tão especial, tão nosso. Desculpa.
Desculpa imaginar que poderia largar tudo o que tenho aqui e juntar-me a ti, aí onde estás, e viver contigo o teu sonho, essa cidade que habitas, e fazermos juntos a nossa livraria (ainda por cima até já tenho experiência na matéria e algumas boas ajudas como sabes). Desculpa nem sequer pedir-te para seres tu a largar o que tens para vires ter comigo, mas pelo contrário, propor-te ser eu a ir ter contigo, viver aí (até porque estou a pensar seriamente em sair de onde estou. Preciso de mudar de ares, e nada seria melhor do que mudar para onde tu estás e desejaste estar, porque se esse é o teu sonho, então também é o meu).
Enfim, desculpa por existir, está bem? (e posso sentir essa culpa, mas não querer morrer já por ter a esperança que um dia me desculpes?)
Desculpa pedir-te desculpa. Desculpas?
Enfim, desculpa por existir, está bem? (e posso sentir essa culpa, mas não querer morrer já por ter a esperança que um dia me desculpes?)
Desculpa pedir-te desculpa. Desculpas?
1 comment:
desculpas-me a mim? (desculpas só te pedir uma desculpa? desculpas achar que não tens de pedir desculpa? desculpas até termos esta pancada das desculpas? desculpas saber que não é a última vez que te peço desculpa?)
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