Sunday, October 05, 2014

Dormir não é para todos



Madrugar a noite inteira
Destilar o corpo aos pedaços
Ressacar o sono, enebriar os poros e sugar a lucidez. assim. devagar. a conta-gotas
Todo tu és dormente, dormente de ti mesmo, dormente das horas e dos seus sentidos perdidos, dormente de futuro porque todo tu és presente
Afinal, os sinos não dobram por ti e os cavalos abatem-se à força toda, sem piedade
A vida, essa, pode até ser cor-de-rosa, mas deve andar muito manchada ou foi pintada já de outra cor, porque dela já não transparecem quaisquer manifestações de alegrias ou outras sinergias que rimem com belos dias.
E perante isto tudo, tu vais resistindo. Lutas contra o sono numa ânsia de não deprimir, para estimular a loucura e enraivecer a hiperventilação.  Até já estás viciado na insónia e na velocidade do tempo sem tempo. Gostas de testar os limites, não é? Gostas de ir até às ultimas consequências de ti e dos teus actos ao desbarato, não é? A loucura, ai a loucura! Carpe diem e wild world para ti também. On the rocks até!, babe, que eu cá vou mas é dormir.

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