dedico-me a uma qualquer arte que não sei bem qual é, mas divirto-me e portanto mantenho-me nessa rotina de eficácia aparente, mas sistemática. os dias passam. as noites páram em frente a mim, olham-me estranhamente e eu desvio o olhar. vou sorrir para o outro lado. planície. licor de maracujá. zumbido nos ouvidos. calafrios. a tua mão aperta-me e toda a nossa história me incomoda. belisca-me. arranha-me. faz-me mal.
nao, soldado incognito, nao és tu, apesar de tudo. a guerra já terminou. os russos já chegaram e nós teremos sempre Paris! o problema nao és tu. é o outro. sim, o outro. sim, ainda o outro. sim, esse. pois, ainda esse! ok, mas o que queres que lhe faça? nao sou budista, nao acredito em pessoas boazinhas e a cena positiva bem que pode ir para o camandro!, mas também nao consigo desfazer-me dele assim, percebes?
vá, lê-me umas páginas do Dostoievski e cala-te de vez!
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