Sunday, November 30, 2014

reconquista mútua

descubro o sabor do mundo pela tua boca e deixo-me assim invadir pelas suas fragancias e texturas, numa mistura deliciosa do fora com os teus labios. consagro nesse beijo todo o nosso amor, agora revolto, agora redescoberto, agora redefinido. e é nessa ressaca do amor que te escrevo. porque depois do tumulto, há sempre uma calma que recai sobre os corpos, uma espécie de apaziguamento da guerra que adoça um pouco a alma. respiro fundo. fumo um cigarro, deitada no sofá. foi um fim de semana intenso. mas valeu tanto a pena! sim, é isso mesmo: a violencia que vivemos fez-nos perceber a ambos (creio poder afirmá-lo também por ti) que de facto vale mesmo a pena estarmos juntos!
sim, errei. alias, assumi logo. e sim, tu erraste também, como também assumiste. podemos concluir: sim, ambos errámos, ambos nos ferimos, ambos nos traímos, ambos magoámos o outro, ambos desrespeitámos o outro. desiludimo-nos mutuamente. mas o que foi lindo, foi ver que nessa desilusao mútua, ambos decidimos que seria impossível nao voltar a construir tudo de novo! e agora, mais que nunca, sentimo-nos ligados. ambos precisamos de calma, ambos precisamos de voltar a sentir confiança. mas há uma certeza mais forte que conquistámos: é a de que vamos construir juntos este nosso amor! vamos ao encontro um do outro com mais convicçao, com mais garra, com mais vontade, mas acima de tudo, com mais clareza, honestidade e amor. ambos temos agora pela frente a reconquista um do outro, a reconquista da confiança um do outro, a reconquista do nosso ninho.
e dito isto, enrosco-me a ti e adormeço nos teus braços, onde o mundo todo recomeça, porque tu és o ponto do universo onde eu quero estar, nha kretcheu.
https://www.youtube.com/watch?v=sShXojmbjyo&spfreload=10

Thursday, November 27, 2014

a verdade da mentira

e depois de tudo, apercebo-me de que há uma imensa verdade na mentira. e é nesse momento que percebo de que lado quero estar. eu quero estar ao teu lado. mas e tu? aguentas a minha mentira? aguentas a minha verdade? a nossa verdade?